Mulheres na ciência: Estudo do grupo Alumni investiga questões de gênero na Academia
A psicóloga e doutoranda Juliana Diniz entrou para o grupo Alumni com o interesse de entender qual é o perfil das mulheres cientistas, especificamente no âmbito da Psicologia. Ela procura apreender quais são os espaços que essas mulheres circulam (ou não), e quais são os lugares que elas ocupam (ou não) dentro da Academia.
Há interferência do machismo nas relações que elas estabelecem rumo ao topo da carreira docente? Ser mulher nas universidades é um marcador social importante para entender a trajetória científica delas? Como os corpos delas são atravessados nesta jornada? Essas e outras perguntas instigam o estudo elaborado por Juliana na sua tese de doutorado “Mulheres na ciência: Perdidas no Labirinto de cristal? Ouvindo as vozes de psicólogas pesquisadoras sobre suas trajetórias na carreira científica”.
Entendendo que, da época da graduação, enquanto discentes, até chegar ao posto de pesquisadoras com bolsa de produtividade nível 1A pelo CNPq, o número de mulheres que ocupa a psicologia diminui consideravelmente, passando de 87% no primeiro momento, para 50%, ao final, em relação aos outros gêneros.
Utilizando o método qualitativo de entrevista narrativa, Juliana entrevistará quatro mulheres egressas do doutorado de psicologia da FAFICH/UFMG, a fim de estabelecer um horizonte sobre como a questão de gênero atravessa as relações na Academia (e fora dela), como ela possui peso na trajetória científica e quais são os suportes encontrados e estratégias utilizadas pelas mulheres para superar os desafios do machismo.
Para analisar os dados obtidos na entrevista, Juliana Diniz contará com as teorias de gênero, tomando como base as epistemologias feministas. Este estudo muito acrescenta no debate da reverberação do machismo nos diversos espaços sociais, bem como reafirma a importância de se levar em conta as vivências de egressos e egressas para a promoção do fazer científico.
Comentários
Postar um comentário