Inserção profissional e carreira de formandos e egressos brasileiros
Numa revisão de literatura realizada em 2017, as autoras Camila de Almeida e Vera Socci, ambas psicólogas, analisaram a produção científica brasileira referente à inserção profissional e carreira de formandos e egressos nacionais. Elas encontraram 64 artigos publicados entre 2010 e 2015 e obtiveram resultados interessantes. Veja abaixo alguns dos achados:
De maneira geral, as universidades públicas (57,81%) realizam mais publicações no tema, em comparação com as instituições privadas e confessionais. Esse resultado está de acordo com o cenário brasileiro, de maior incentivo à realização de pesquisas nessas instituições. As autoras perceberam que há predominância de estudos na área de trajetória profissional de egressos, visando compreender o desenvolvimento de carreira dos egressos acadêmicos. Parece que a prática comum é considerar os seis primeiros anos após a graduação, tempo suficiente para entender como foi a inserção no mercado de trabalho e como estes egressos se estabeleceram profissionalmente.
A importância de estudar a inserção profissional advém do fato de o mercado de trabalho exigir mais dos egressos diante de um cenário cada vez mais especializado e de precarização do trabalho. Além disso, entender o momento de transição da universidade para a prática profissional permite olhar para os erros e acertos que os formandos, egressos e instituições de ensino estão experimentando.
O que se percebe é que a inserção dos egressos no mercado de trabalho está atravessada por preocupações, dada a falta de planejamento de carreira, a dificuldade em atuar na área de formação, o frequente distanciamento entre o que foi aprendido na universidade e o que é esperado na prática profissional, entre outros pontos. Por outro lado, Almeida e Socci localizaram um estudo que mostra que as diferenças socioeconômicas dos estudantes não tiveram impacto na sua inserção profissional, sendo mais importante a qualidade da formação para a entrada no mercado de trabalho e atenuamento das desigualdades sociais. Esse dado é importante para reafirmar o compromisso social da universidade, mostrando seu impacto na construção de uma sociedade mais equitativa.
Outro estudo encontrado na revisão de literatura das autoras mostra quais foram os indicativos de sucesso apontados por formandos de Psicologia e Administração. Dentre eles estão: empregar-se na área de formação, ser aprovado em concurso público, e continuar a formação por meio da realização de pós-graduação. Alcançar a satisfação profissional, usar as competências aprendidas na universidade durante o exercício profissional e se tornar referência em sua profissão também foram pontos levantados pelos pesquisados que indicam sucesso profissional.
A revisão bibliográfica realizada pelas autoras é um estudo interessante que nos auxilia a pensar qual o nível de maturidade dentro da temática de egressos que o Brasil se encontra. Além disso, podem servir de pontos-chave para proposições de reformas curriculares das instituições de ensino, ações dos egressos para preparação de transição universidade-profissão, dentre outros aspectos.
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Para ver o estudo de Almeida e Socci na íntegra, basta clicar aqui.
De maneira geral, as universidades públicas (57,81%) realizam mais publicações no tema, em comparação com as instituições privadas e confessionais. Esse resultado está de acordo com o cenário brasileiro, de maior incentivo à realização de pesquisas nessas instituições. As autoras perceberam que há predominância de estudos na área de trajetória profissional de egressos, visando compreender o desenvolvimento de carreira dos egressos acadêmicos. Parece que a prática comum é considerar os seis primeiros anos após a graduação, tempo suficiente para entender como foi a inserção no mercado de trabalho e como estes egressos se estabeleceram profissionalmente.
A importância de estudar a inserção profissional advém do fato de o mercado de trabalho exigir mais dos egressos diante de um cenário cada vez mais especializado e de precarização do trabalho. Além disso, entender o momento de transição da universidade para a prática profissional permite olhar para os erros e acertos que os formandos, egressos e instituições de ensino estão experimentando.
O que se percebe é que a inserção dos egressos no mercado de trabalho está atravessada por preocupações, dada a falta de planejamento de carreira, a dificuldade em atuar na área de formação, o frequente distanciamento entre o que foi aprendido na universidade e o que é esperado na prática profissional, entre outros pontos. Por outro lado, Almeida e Socci localizaram um estudo que mostra que as diferenças socioeconômicas dos estudantes não tiveram impacto na sua inserção profissional, sendo mais importante a qualidade da formação para a entrada no mercado de trabalho e atenuamento das desigualdades sociais. Esse dado é importante para reafirmar o compromisso social da universidade, mostrando seu impacto na construção de uma sociedade mais equitativa.
Outro estudo encontrado na revisão de literatura das autoras mostra quais foram os indicativos de sucesso apontados por formandos de Psicologia e Administração. Dentre eles estão: empregar-se na área de formação, ser aprovado em concurso público, e continuar a formação por meio da realização de pós-graduação. Alcançar a satisfação profissional, usar as competências aprendidas na universidade durante o exercício profissional e se tornar referência em sua profissão também foram pontos levantados pelos pesquisados que indicam sucesso profissional.
A revisão bibliográfica realizada pelas autoras é um estudo interessante que nos auxilia a pensar qual o nível de maturidade dentro da temática de egressos que o Brasil se encontra. Além disso, podem servir de pontos-chave para proposições de reformas curriculares das instituições de ensino, ações dos egressos para preparação de transição universidade-profissão, dentre outros aspectos.
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Para ver o estudo de Almeida e Socci na íntegra, basta clicar aqui.
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